Resenha: Preacher - Garth Ennis

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 “Jesse Custer é um pastor de uma cidade do Texas que, graças à possessão da entidade conhecida como Gênesis, meio demônio meio anjo, tem o dom da Palavra, que faz com que qualquer pessoa obedeça ao que ele diz. Ao lado de sua namorada Tulipa O’Hare e do vampiro irlandês Cassidy, ele sai em busca de Deus para cobrar que Ele assuma novamente seu cargo.”

Roteirista: Garth Ennis

Ilustrador: Steve Dillon

Capas: Glenn Fabry

DC Comics (vertigo)

66 edições e 6 especiais (tiragem oficial)

9 encadernados (republicação pela Panini)

O que pode sair de um enredo onde um pastor é possuído por um demônio, junta-se ao vampiro mais boêmio que existe é sai a procura de Deus para um one a one com o criador?

Sim meu amigos, isso é Preacher.

Criada pelo oráculo dos quadrinhos Garth Ennis, ilustrada por Steve Dillon e com capas de cair o queixo pelo Glenn Fabry, essa longa saga (666 edições, sugestivas não?) cativou fãs por todos os cantos do mundo, ao ponto de uma série live action ser cogitada por um canal televisivo.

Vira-casaca

Jesse Custer é um pastor frustrado na fé que decide tacar o F@&$€, encher a cara de goró e ir pregar na igrejinha do Texas onde vive. Uma entidade que é fruto de um relacionamento entre um(a) demônio(a) e um anjo, acaba vindo para o plano terrestre e possui Custer.

A partir daí temos início na trama, Jesse acaba possuindo o dom da palavra, essa habilidade faz com que tudo que ele fale seja executado por quem ouviu a ordem.

Com a confiança de sua voz, o pastor sai em busca de Deus (sim, o alfa e o ômega) para lavar a roupa suja.

Quentin Tarantino é programa da Xuxa

Sujo, essa é a definição do universo de Preacher, tal como o diretor de cinema citado no subtítulo, a dupla Ennis e Dillon sabe usar palavrões e sangue na hora certa.

Em Preacher temos de tudo; sexo, traição, tortura (depois que conheci a avó do Custer eu entendi o termo “dama de ferro”) e até um padre bulímico.

Cocaína de leitor

Preacher é cativante do início ao fim, os toques de sarcasmos e inteligência que o autor propõe são extremamente eficazes e fará com que o leitor não pare até  descobrir o final (surpreendente diga-se de passagem) dessa obra que até hoje, sua primeira edição saiu em 1995, cativa milhares de pessoas.

Preacher é sem dúvida uma daquelas obras que você precisa comprar dois exemplares de cada edição, um para ler e o outro para colocar em uma moldura na parede.